BIENAL DE
FOTOGRAFIA

A Bienal de Fotografia, uma das mais antigas e reputadas mostras dedicadas à arte fotográfica no nosso país, vai decorrer de 16 de abril a 16 de maio de 2021, no Celeiro da Patriarcal, em Vila Franca de Xira.

Exposição do Prémio

Celeiro da Patriarcal 

Vila Franca de Xira | 16 de abril a 16 de maio de 2021

PARTICIPANTES

THE ARCHIVE IS PRESENT

O trabalho The Archive is Present foi desenvolvido no âmbito da minha investigação de doutoramento. Nela estudei os arquivos fotográficos da minha família, que foram posteriormente interpretados criticamente através da fotografia e performance.

Ambas as famílias dos meus avós (do lado da minha mãe e do meu pai) guardaram e preservaram relevantes arquivos fotográficos de família. Explorando e analisando estes arquivos, cujas imagens consistem em fotografias tiradas em Portugal, Índia e Moçambique, o projeto defende que esses diferentes contextos resultaram em identidades diferentes, que se traduzem, por sua vez, em gestualidades e iconografias igualmente diferentes.

Os álbuns das duas famílias representam um período do passado de Portugal (1940-1975) marcado por uma das mais longas ditaduras da história. A pesquisa desenvolveu uma análise iconográfica das fotografias contidas nesses álbuns, focando-se especificamente nas imagens das (minhas) duas avós. Ambas viveram sob o mesmo regime ditatorial, uma no Portugal metropolitano e outra nos territórios coloniais/ultramarinos da Índia (em 1951-1961) e de Moçambique (1962-1975).

A informação contida nas imagens de arquivo foi re-escrita, ou reinventada através da performance. Este projeto desenvolveu assim um «método específico de performance» para o registo fotográfico. O trabalho apresentado consiste numa performance que narra o processo de análise de um arquivo e da sua interpretação através dessa performance.

THERE IS NOTHING OLD UNDER THE SUN

O projeto There is nothing old under the sun foi realizado em Évora, na casa dos meus avós, no período entre março e abril de 2020. Durante este intervalo temporal, a minha rotina fundiu--se com o quotidiano do meu avô.

Se por um lado, iniciava um processo de autonomia ao revelar e digitalizar os meus negativos, por outro observava a dedicação dada ao quintal pelo meu avô – refletindo sobre as plantas que crescem, florescem, frutificam e, eventualmente, morrem, deixando apenas sementes para iniciar outro ciclo. Existiu sempre um certo fascínio e motivação em olhar a vida com os meus avós, talvez até uma vertigem que se revela na possibilidade de andar no limbo entre a infância e a inevitabilidade do crescimento.

ANIMAIS

Animais é um projeto de exploração, reflexão e reconhecimento da produção e movimento punk no bairro de Alvalade, em Lisboa. Apresentado como um ensaio em torno da vivência, da resistência e da herança deste movimento consagrado, de modo singular, na década de 80, este projeto toma o nome de um dos singles da banda punk portuguesa nativa do bairro, os Censurados. Composto por um conjunto de fotografias que procura evocar e configurar aquilo que é a matéria duradoura, perseverante, tenaz, muito embora, fatalmente breve, das plantas dos canteiros que integram e caracterizam este bairro, a proposta visa pensar a permanente índole de expectativa e alento sobre a erosão trágica da ação no tempo.

O critério de construção destas imagens vincula-se ao legado metodológico da produção punk e thrash, nomeadamente, pelo recurso ao quarto, zona íntima e privada, como estúdio de fotografia, subvertendo as regras cénicas habituais deste último. Este exercício de redirecionamento daquele que é o estúdio tradicional de fotografia, mediante a manipulação das normas e métodos neles exercidos, manifesta-se, de maneira distinta, no controlo e na modulação da luz e das formas, colocando em evidência e realçando a natureza escultórica de cada planta, a sua singularidade e substância, a sua resiliência e continuidade, não obstante a sua condição inevitavelmente evanescente.

RIVVA

Rivva é um trabalho colaborativo entre Elisa Azevedo e Rivva. O trabalho vive da sua crescente intimidade. Juntas, criam imagens — sendo Rivva o sujeito perante a câmara e Elisa por detrás. Assim, procuram diluir as estruturas de poder em fotografar e ser-se fotografado; também no ato de olhar e na representação. Ainda que exista uma ação de enquadrar e compor a fotografia, a imagem é concebida mutuamente e nasce dos momentos passados juntas; a premissa é estar juntas, ambas com a mesma agência, num patamar comum. O trabalho lida com estas problemáticas assim como com temas como o género, a identidade e a temporalidade.

TRANSINTIMIDADE

A série Transintimidade torna--se um prolongamento da minha investigação em torno da imagem: da forma como estende a nossa perceção, da sua contingência e do poder que encerra em si; como pode incorporar uma sensação de superfície, uma qualidade táctil, e de se tornar um objeto – como uma pintura.

Aprisionadas por detrás de um ecrã, estas imagens relacionam--se a dispositivos digitais e como estes se assumem mediadores de intimidade, da nossa experiência do mundo, proporcionando a conexão e a exploração dos desejos humanos. O ecrã partilha um grau de sensualidade, tal como a pele – na união de corpos, fluídos e outros materiais orgânicos tornando-se uma arena para diferentes tipos de contacto. As imagens apresentam sintomas de manuseamento, marcas de circulação, sobrepõem--se múltiplas camadas de informação, estratificam-se e tornam-se objetos absorventes e passivos das agências de operadores. Capturando momentos de intimidade, e tomando o corpo humano como elemento central, direciono a atenção para a nossa dependência radical com o outro dentro de uma dialética entre presença e ausência, entre revelar e ocultar.
Transintimidade é um elogio ao erótico, ao enigma – nesta sociedade que tudo vê e tudo expõe –, e à sua força, como defendido por Audrey Lorde: «O nosso conhecimento do erótico confere-nos poder, e torna-se uma lente onde escrutinamos todos os aspetos da nossa existência, forçando-nos a avaliar honestamente a relação desses aspetos em termos de significado nas nossas vidas» (1).

Nota
(1) Lord, Audrey (1984). Sister Outsider. Berkeley, CA: The Crossing Press, p. 57.

ESTADO DE EXCEÇÃO
STATE OF EXCEPTION

Nem o Sol nem a morte podem ser vistos fixamente. (1)
Heráclito

Para Derrida, o termo francês point de vue existe duplamente como um ponto de vista, uma visão ou perspetiva, e uma privação de visão, uma cegueira e ocultação (2). Esta invisibilidade constitutiva da visão é medial em Estado de Exceção / State of Exception (3), uma série fotográfica realizada em diferentes cidades europeias, que regista diferentes reflexos solares em superfícies exteriores espelhadas ou refletoras, convocando uma inadaptação do olho (humano e mecânico) às condições impostas pela luz. Se a visão humana se ordena fisiologicamente em redor do seu ponto cego (a região da retina onde não existem células sensíveis para detetar a luz), este olhar frontal para o sol provoca um dano na visão visto que esta não está adaptada ao sol mas à luz solar difundida pelos objetos circundantes, mas também na própria captação da imagem fotográfica – e, simbolicamente, na sua condição enquanto arte referencial de contiguidade física com o signo.

É a partir deste carácter espectral do olhar que se pode abordar a ideia derrideana de uma visão que leva em conta o piscar dos olhos – uma ação que não é apenas uma privação de vista, mas aquilo que permite a visão. Tal como a experiência tencionada da captação dos reflexos solares repentinos e transitórios da cidade, existe uma ofuscação ou cegueira temporária evocada na forma como a projeção de slides exibe imagens transitivas que intermitentemente aparecem e desaparecem; isto é, imagens inerentemente permanentes expostas através de uma impermanência contínua.

Esta desconstrução da plenitude do olhar surge igualmente na caixa de luz situada no exterior da black box e colocada num lugar de passagem coletiva. A sua imagem é sobreposta por um filtro de privacidade, uma película que mantém os ecrãs digitais das ATM, computadores, smartphones ou tablets, ocultos para quem os olha de lado. Formando-se entre o latente e o lateral – tal como a própria experiência de captação destes reflexos citadinos –, esta caixa de luz sobrevém sob o signo do desvio (do mover num sentido diferente), cujo significado implica a ideia de descaminho, de mudança de direção e de percurso alternativo face a um padrão conveniente. A fotografia constrói-se portanto num ponto cego entre uma zona de luz e visibilidade e uma outra de obscuridade e desaparição que criticamente inscreve o lugar contemporâneo da tecnologia e da sua difusão massiva e desmaterializada de imagens; trata-se portanto de interpelar o excesso do visível produzido atualmente pela imagem que desfaz a ideia do olhar enquanto origem de certeza: «Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem» (4).

A subordinação da privacidade ao excesso de exterioridade e de visibilidade pela tecnologia é manifesta no vazio sombrio, enigmático e insondável que estas imagens estabelecem enquanto resposta critica à fragilidade do mundo contemporâneo; tal como revela a imagem de uma varanda com duas cadeiras vazias que assinala profeticamente um ambiente fantasmagórico e distópico vinculado ao isolamento, à desaparição e ao confinamento.

Numa perceção simultaneamente concreta e onírica da atmosfera urbana, Estado de Exceção / State of Exception inscreve-se numa mise-en-abyme entre o reflexo, o sol, a luz, o olho, a impermanência e a ausência. Esta obra concebe-se num jogo de dobras e reflexos que convoca e invoca uma pulsão distópica, profética, mística e insólita, onde aprisionar a fugacidade da matéria inconcreta da luz – enquanto ato e potência – eleva aqui uma perceção inscrita numa forma apocalíptica, que na sua derivação grega apokálypsis designa justamente a ideia de revelação – «o descobrimento, o desvelamento, o véu erguido sobre a coisa» (5).

Notas
(1) «Fixamente» designa neste contexto frontalmente. Ver: Maia, Tomás (2016). O Olho Divino – Beckett e o Cinema. Lisboa: Documenta.
(2) Derrida, Jacques (2010). Memórias de Cego – O Auto-Retrato e Outras Ruínas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
(3) State of Exception (estado de exceção, o mesmo que estado de sítio ou estado de emergência) é o nome do livro publicado em 2003 por Giorgio Agamben acerca das consequências ético-políticas dos estados de exceção decretados por governos democráticos. No limite entre o direito e a política, o estado de exceção conduziu historicamente a ações políticas e governamentais que incidem negativamente sobre os direitos e as liberdades individuais e coletivas.
(4) Saramago, José (1995). Ensaio sobre a Cegueira. Lisboa: Caminho, p. 310.
(5) Derrida, Jacques (1997). De um Tom Apocalíptico adotado há pouco em Filosofia. Lisboa: Passagens, p. 8.

ESTRADA E FANTASMAS

Estas imagens foram feitas por toda a Península de Setúbal, entre 2018 e 2019. Quis aprender a aceitar aquela paisagem vulgar, disfuncional e algo hostil, da qual tinha procurado separar-me ao longo da minha vida adulta. Não gostar da paisagem do meu passado era de certo modo ter aversão por mim mesmo. Tive vergonha desse sentimento. Quis abraçar as suas falhas, da mesma maneira que, como escreveu Wittgenstein, devemos aceitar as imperfeições no nosso rosto.

Olhando para as imagens que fiz, lembro-me da resposta de Garry Winogrand quando lhe perguntaram se aspirava a ser «transparente», como Evans. Respondeu que «gostaria de não existir» mas «estou encalhado em ser eu». Estas imagens mostram-me isso mesmo. Não só uma paisagem à qual estou preso (preso como um pombo às suas coordenadas) mas também uma fisionomia da qual não posso libertar-me, e que devo saber aceitar. São auto-retratos em estilo topográfico. Espelhos e janelas. As duas coisas.

RIVIERA

A série Riviera, realizada entre 2018 e 2019, é uma investigação territorial sobre a Margem Sul do rio Tejo, em Portugal. O projeto convoca as diversas relações do espaço com o tempo e a utilização geográfica ao redor do seu estuário.

Atravessando um registo documental entre o passado industrial e remanescente, moradias, áreas em eminente transição em função da especulação imobiliária e a marcante conexão e contraste com Lisboa na outra margem, dessa forma são evidenciadas as transformações urbanas que aparecem como marcas de contextualização social e política.

Emprega como narrativa o registo do espaço contemporâneo e a interseção da arquitetura com o ambiente, provocando a indagação e reflexão de sua constituição individual e coletiva, revelando os impactos de um mundo globalizado em constante modificação.

ATMÓS [PASSAGENS # 1]

Resultado de uma reflexão sobre as imagens e a sua experiência, ATMÓS [passagens # 1] é um trabalho fotográfico que utiliza a paisagem natural como referente para questionar a perceção e a sua relação com a duração.

Recorrendo a um modelo conceptual e estético assente na contenção formal e na narrativa mínima, a obra apresenta--se como um manifesto de resistência à cultura do excesso visual, da velocidade e da hiperestimulação dos sentidos, sem, todavia, defender a passividade no ato contemplativo; pelo contrário, solicita um esforço da atenção como contraponto à intermitência que caracteriza o olhar contemporâneo. A amplificação da perceção proposta pela obra, e favorecida pelo ambiente imersivo da instalação, transforma-se em tempo para o espectador, um tempo para a fruição estética mas também para um olhar pensativo. Comprometida eticamente com o presente, dirige-se para uma realidade ameaçada: a natureza. Neste sentido, é uma obra que nos olha, que nos interpela sobre as ações e os valores que defendemos.

A peça integra a segunda fase do projeto ATMÓS iniciado em 2018. Construída a partir de uma sequência fotográfica correspondente à experiência de um lugar, é posteriormente sujeita a um processo de montagem digital que enfatiza a duração lenta como simulacro da temporalidade da natureza e sobretudo como estratégia percetiva. A passagem da imagem fixa à imagem cinemática desestabiliza a rigidez das categorias teóricas convencionais e questiona a condição das imagens. Invocando o impulso cinemático da fotografia, uma presença constante ao longo da sua história, permito-me reclamar para este trabalho o estatuto de fotográfico, com um fundamento que não se prende com a nostalgia do medium mas com a tipologia matriz que lhe deu origem.

Programa Curatorial

Deambulação e Itinerância 



Museu Municipal de Vila Franca de Xira | 8 maio a 26 setembro de 2021

Deambulação e Itinerância explora o carácter processual e performativo da fotografia. Centrando-se na interseção entre os atos de caminhar, observar e fotografar, esta exposição coletiva propõe-se considerar determinadas vivências – físicas, sensoriais, reflexivas –, associadas às práticas fotográficas realizadas durante trajetos por lugares que se habitam ou que são percorridos de passagem. Decorrentes de incursões por vários territórios e diversos ambientes, estes projetos tanto focam aspetos da arquitetura e objetos, como paisagens humanas de diversidade e heterogeneidade social. Podem ser espaços naturais, rurais, urbanos, semi-periféricos, paisagens vulgares, conhecidas, anónimas ou clandestinas, lugares de natureza ou função ambígua, monumentos improváveis, sem inscrição nem memória, ou formas construídas por mínimos gestos humanos. Em comum, partilham a condição de lugares à espera de ser revelados, objetos inspiradores de partilha, de um querer dar a ver.

A exposição articula-se em torno de realidades puramente visuais, dessas imagens que nos remetem para o mundo exterior e para a representação, mas também para uma melhor compreensão dos processos de trabalho dos artistas, e para a valorização da experiência de vida criativa, a qual implica experiências corporais e processos intelectuais. Com esta exposição, o espectador é convidado a sentir a experiência de quem fotografou, a combinar o olhar com uma projeção sobre a existência de um corpo em movimento, em deslocação no espaço, com um andar exploratório, errático ou estruturado.

Neste sentido, a mostra não foca apenas as qualidades visuais das imagens mas chama-nos a atenção para a dimensão sensorial, para aquilo que não podemos ver mas que podemos intuir através das imagens, as suas realidades sonoras, as sensações tácteis, os processos do pensamento, de indagação, de introspeção e contemplação, os diferentes graus de atenção. Assim, a mostra amplia o foco do discurso curatorial dos objetos artísticos para um discurso que inclui a receção e visualização das obras de arte.

Neste contexto, ganha igualmente relevância um diálogo com práticas fotográficas que partem do quotidiano visual e que consubstanciam paradoxais experiências de fuga e de encontro, provável ou improvável, intencional ou casual, partilhadas nos âmbitos profissional e amador da fotografia. No seu conjunto, as obras expostas podem considerar-se expressões tangíveis de geografias pessoais, experiências de liberdade e transformação, de fuga ao tempo produtivo, de construção e reconstrução subjetiva, num processo de contínua abertura ao mundo, reflexão sobre os lugares que vivemos e autoconhecimento e criação de universos pessoais.

Sejamos ou não fotógrafos, este exercício muito próprio da fotografia adquire outro entendimento e alcance quando, em período de confinamento devido à pandemia, o ritual quase diário de sair de casa e caminhar ganhou uma relevância quase terapêutica para todos nós. 

ARTISTAS CONVIDADOS

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FotoUtopia: Construções Imaginárias 



Fábrica das Palavras | 8 setembro a 21 novembro de 2021

No momento em que o presente permanece suspenso e o futuro incerto e obscuro, esta exposição centra-se na emergência de uma imaginação utópica capaz de mobilizar energias e redefinir potencialidades e prioridades, revelar outras realidades e projetar outras possíveis formas de viver e criar, refletindo sobre práticas e territórios em expansão no mundo da fotografia. De modo a contrariar esta sensação de disfunção distópica, reflitamos sobre o que este tempo transformador representará para o futuro.

No desafio de dar forma ao futuro, centremo-nos não no que era mas no que poderá ser, no possível e desconhecido, examinando várias maneiras de experimentar o mundo através da imagem. Sendo esta uma exposição de fotografia estamos interessados nas novas possibilidades imagináveis neste campo, que é também um lugar de renovação, de metamorfose e mutação contínuas.

Como poderá ser este um novo mundo e como se exprime na cultura fotográfica? De uma coisa podemos ter a certeza: as realidades mutantes corresponderão olhares expansivos.

FotoUtopia pretende apresentar uma combinação verdadeiramente dinâmica de projetos representativos da diversidade e vitalidade da fotografia contemporânea, mediante a presença de trabalhos recentes de quatro artistas que exploram o campo da fotografia, encarando-o como meio conceptual e de experimentação, de indagação e reavaliação criativa sobre os temas e processos de produzir imagens na atualidade.

Importa sondar os efeitos de uma realidade pós-Internet baseada na aceleração e desmaterialização e de um mundo de edição e circulação ilimitada e saturada de imagens. E reconhecer, nesse vórtice de transmissão digital, e redes sociais e de informação que moldam indelevelmente a nossa visão, a proposta de modelos de comunicação baseados na documentação obsessiva, na fragmentação, na descontinuidade e na hibridização e porosidade de diferentes meios, contextos e formas, que nos incitam a um constante exercício de montagem e conetividade. Toda esta dinâmica será evocada por uma Bienal atenta ao futuro que renasce todos os dias, assim com às nossas esperanças nele. 

ARTISTAS CONVIDADOS

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NOTÍCIAS

Seleção das Candidaturas
 14-12-2020

Teve lugar no passado dia 3 de dezembro a seleção das candidaturas à próxima edição da Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira. A seleção, feita por um Conselho de Curadores composto por Bruno Humberto, artista, curador e músico multidisciplinar, Catarina Botelho, Artista visual, Filipa Valladares, Curadora, produtora independente, editora e livreira, e Paulo Mendes, Artista plástico, comissário de exposições e produtor de projetos culturais, incidiu sobre um total de 90 concorrentes, tendo sido apuradas as candidaturas com os números 3, 14, 15, 21, 23, 40, 43, 48, 75 e 78, no âmbito das quais será posteriormente feita a atribuição do prémio.

Trabalhos Selecionados
08-05-2020

Decorreu de 8 de abril a 4 de maio as candidaturas à BF20, Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira. Como habitualmente, os candidatos submeteram os seus trabalhos à premiação em duas categorias temáticas, Concelho de Vila Franca de Xira e Tauromaquia, ambos no montante de 1.000,00€, bem como ao Prémio Bienal, no montante de 5.000,00€, cujo tema é livre.

A entrega, pelos candidatos, dos trabalhos selecionados para expor decorre de 1 a 3 março de 2021.

A devolução dos trabalhos selecionados decorre de 11 a 14 de maio de 2021.

Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
CONTACTOS

Setor de Ação Cultural da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira

Email: bienalfotografiavfx@cm-vfxira.pt
Tel.: (+351) 263 285 626

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